Bomba no futebol europeu. A Uefa anunciou, nesta sexta-feira, que o Manchester City, da Inglaterra, está banido de qualquer competição europeia de clubes pelos próximos dois anos devido a “graves erros” contra o Fair-Play Financeiro. O clube ainda foi multado em 30 milhões de euros (R$ 140 milhões na cotação atual).
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Em comunicado, o City se disse "decepcionado, mas não surpreso" com a decisão e recorrerá junto ao Tribunal de Arbitragem do Esporte (CAS). A punição vale apenas para a próxima edição do torneio — na atual, o clube enfrentará o Real Madrid nas oitavas de final.
A Câmara Adjudicatória Independente do Organismo de Controle Financeiro de Clubes (CFCB) divulgou nota informando que "constatou que o Manchester City cometeu violações dos Regulamentos de Licenciamento de Clube e Jogo Financeiro" e "exagerou sua receita de patrocínio em suas contas e nas informações de equilíbrio enviadas à Uefa entre 2012 e 2016".
A investigação formal para averiguar se houve violação foi aberta em março em 2019, motivada pela publicação do "Der Spiegel", da Alemanha, que relatou que os proprietários do Manchester City inflaram acordos de patrocínio. A matéria se baseou em documentos recebidos pela plataforma "Football Leaks".
E-mails vazados indicavam que o proprietário, Sheikh Mansour bin Zayed Al Nahyan, financiou a maior parcela dos patrocínios e maquiou as contas do clube. Um dos e-mails sugere que a patrocinadora Etihad investiu apenas 8 milhões de libras no clube, enquanto a Abu Dhabi United Group colaborou com 67,5 milhões.
Na época, o atual campeão da Premier League respondeu com um comunicado divulgado em seu site na internet.
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"O Manchester City saúda a abertura de uma investigação formal da Uefa como uma oportunidade para colocar fim à especulação resultante de um hackeamento ilegal e de uma publicação fora de contexto dos emails do City", afirmava a nota.
O Manchester City e vários outros clubes são propriedade do City Football Group, uma holding na qual o Abu Dhabi United Group detém 87 por cento de participação, com os 13 por cento restantes pertencendo ao consórcio China Media Capital.
As regras do Fair Play Financeiro impedem clubes de receber recursos ilimitados por meio de acordos de patrocínio inflados com organizações ligadas a seus proprietários. Os clubes podem ser impedidos de participar de competições europeias se for determinado que violaram as regras.
Fonte: O Globo
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