quarta-feira, 29 de maio de 2019

Vasco pegou cerca de R$ 52 milhões emprestados desde 2018 e corre atrás de R$ 30 milhões em caráter de urgência

A asfixia financeira do Vasco chegou ao ponto em que o presidente Alexandre Campello não conseguiu cumprir com o plano de não pegar mais empréstimos este ano. A necessidade de fluxo de caixa a curto prazo, para arcar com compromissos básicos, esmurrou à porta, escancarada pela pedida vultuosa: R$ 30 milhões, em caráter de urgência.

Alexandre Campello já é presidente do Vasco há três meses
Foto: Paulo Fernandes

A ideia da diretoria é colocar as cotas de TV como garantia. Desde que assumiu o Vasco, Campello já pegou R$ 38 milhões do Banco BMG, conforme mostra o primeiro balanço financeiro de sua gestão. O dirigente também já recorreu a empréstimos na casa de R$ 14 milhões do agente Carlos Leite. 

O tempo joga contra a atual gestão. No próximo dia 5 o clube completará três meses de salários atrasados e, a partir disso, o risco de atletas entrarem na Justiça do Trabalho para se desvincularem do clube aumentará substancialmente. A temporada ainda está na metade e o número de partidas disputadas no Brasileiro permite que um dissidente seja inscrito para defender para outra equipe da Série A. 

O presidente tenta acelerar o processo ao máximo. Na segunda-feira (27), acionou tanto o Conselho de Beneméritos quanto o Conselho Deliberativo para que sejam convocadas reuniões urgentes. Nelas, pretende explicar a necessidade do dinheiro e ter o aval dos poderes para que o empréstimo seja obtido o quanto antes. 

Silvio Godoi, presidente do Conselho de Beneméritos, tende a ser aliado e não deve ser um obstáculo, tanto que já convocou sessão para sexta-feira. Já Roberto Monteiro, presidente do Deliberativo, é adversário voraz e tem nas mãos a chance de dificultar ainda mais a vida de Alexandre Campello.

Opinião do Blog: "Clube tradicional e de massa do futebol brasileiro, que vem perdendo por administrações irresponsáveis. A tendência é o fracasso se tornar constante dentro e fora de campo e com isso, as dívidas se tornarem ainda maiores e as dificuldades para quitá-las vão ser enormes por falta de um planejamento bem feito."

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