O presidente Eduardo Bandeira de Mello é o grande derrotado com as saídas de Rodrigo Caetano e Paulo Cesar Carpegiani, dupla demitida na última quinta-feira depois de uma reunião de diretoria na Gávea.
Foto: REPRODUÇÃO/FLAMENGO
A repercussão positiva das declarações do vice, Ricardo Lomba, que classificou a eliminação para o Botafogo como "vergonhosa" e prometeu mudanças "para colocar o Flamengo de volta ao caminho das vitórias", pressionou o presidente, deixando claro a fragilidade de sua posição atual, mesmo com inegável sucesso na gestão financeira do clube. Mais do que Lomba, Caetano era seu homem de confiança no futebol. E, exatamente por isso, foi poupado em outros fiascos rubro-negros como o vexame da Libertadores do ano passado, as campanhas medianas no Brasileirão e os vices na Copa do Brasil e na Sul-Americana.
O único título que conquistou, na verdade, desde que chegou à Gávea em 2015, foi o Carioca de 2017. Nada para um clube que comandou investimentos milionários, acertou em algumas escolhas, mas errou na maioria. A instabilidade dos técnicos é um sinal claro do fracasso esportivo dessa gestão: o sucessor de Carpegiani será nada mais nada menos do que o 13º treinador da era Bandeira de Mello.
Com a demissão de Paulo César Carpegiani do comando técnico, o Flamengo já está de olho no mercado e um nome foi consenso entre os conselheiros e diretores do clube: Luiz Felipe Scolari, ex-técnico da Seleção Brasileira e pentacampeão do mundo.
O treinador é visto com perfil que pode 'sacudir' o elenco rubro-negro e recuperar o ânimo de seus principais jogadores. A eliminação para o Botafogo nas semifinais do Campeonato Carioca gerou revolta na diretoria e em conselheiros.
Entretanto, apesar de ser o sonho da maioria nos bastidores do clube, o Flamengo sabe que contar com Felipão não será uma tarefa fácil. Antes mesmo de tirar Carpegiani do comando técnico, o nome do treinador, sem clube desde que saiu da China (Guangzhou Evergrande) em dezembro foi debatido pela alta cúpula. Mesmo assim, Felipão tem compromissos na Europa. Ele viaja na próxima terça-feira para Portugal e Espanha, onde irá participar de debates sobre a Copa do Mundo de 2018.
O treinador fica até a metade de abril por lá e vai conversar com empresários ligados a clubes chineses e do Oriente Médio. De qualquer maneira, ele não descarta também retornar ao Brasil.
Fonte: Lance
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