domingo, 25 de novembro de 2018

Presidente da Conmebol adia final da Libertadores entre River Plate e Boca Juniors

O presidente da Conmebol, o paraguaio Alejandro Domínguez, anunciou neste domingo (25) que a final da Libertadores entre River Plate e Boca Juniors foi adiada e por enquanto sem data prevista para acontecer.

Boca Juniors River Plate Monumental — Foto: Getty Images

Foto: Divulgação

O dirigente afirmou que os clubes não estão em "igualdade de condições" após os ataques sofridos pelo ônibus do Boca na chegada ao Monumental de Núñez para a decisão no sábado passado.

Com dois jogadores parando no hospital - entre eles o capitão Pablo Pérez - e outros lesionados, o time xeneize já havia pedido a suspensão do jogo além de punições ao River.

Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol (Foto: CLAUDIO REYES / AFP)

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"Hoje vimos que temos que analisar uma desigualdade esportiva. Sem desculpa, queremos que o jogo se jogue no esportivo, com espetáculo, temos que emitir um sinal de que gere confiança e não haja desculpas. Temos que dar as condições para que os clubes se enfrentem em condições iguais", disse Domínguez ao canal Fox Sports.

"Vamos adiar a final, e os presidentes serão convidados para ir a Assunção (sede da Conmebol) para discutirmos", continuou.

Mais cedo, o Boca Juniors havia pedido a anulação do jogo e a punição do River Plate. O clube havia usado o argumento de que não há igualdade de condições para a disputa da decisão, uma vez que os atletas xeneizes tiveram seu ônibus atacado e viram dois companheiros irem parar no hospital.

O papelão da final da Libertadores começou muito antes de a bola "pensar" em rolar.

A violência ao ônibus com a delegação do Boca - alvo de pedras, paus e gás de pimenta - transformou o "maior jogo da história" em uma disputa de bastidores, em muito falatório e nenhuma informação, com uma série de adiamento até, enfim, a decisão de mudar a data da final.

No sábado, a final seria às 18h (de Brasília), mas foi atrasada em uma hora após os acontecimentos contra a delegação do Boca; mais tarde, revelou-se que o jogo seria às 20h15 (de Brasília) até que finalmente foi transferido para domingo.

Neste domingo, o Boca Juniors não se mostrou disposto a entrar em campo e reclamou de desigualdade de condições, pedindo a suspensão do duelo e a punição do River Plate pelo artigo 18 do Código Disciplinar da Conmebol (que incluiria multas e até desclassificação).

O Boca Juniors enviou à Conmebol neste domingo um ofício solicitando a suspensão da final da Copa Libertadores e a desclassificação do River Plate. Após os incidentes do último sábado, a partida decisiva foi remarcada para este domingo, às 18 horas (de Brasília), no Monumental de Núñez.

No documento, o clube xeneize alega que não há “igualdade de condições” para a disputa da final. Os dirigentes do Boca pedem que se apliquem as punições do artigo 18 do regulamento da competição, que prevê a desclassificação do River.

No último sábado, o ônibus do Boca foi alvejado por pedras e gases atirados por torcedores do River nos arredores do Monumental. Atingido por estilhaços de vidros, o capitão Pablo Pérez sofreu ferimentos no braço esquerdo e nos olhos, precisando ser encaminhado ao hospital.

Já atletas como Carlos Tevez, Ramón Ábila, Darío Benedetto e Nahitan Nández sofreram com os efeitos do gás lacrimogêneo. Os jogadores, assim como a comissão técnica do Boca, não querem disputar a final neste domingo.

Há um temor ainda de que os jogadores do Boca sejam pegos em exame antidoping, uma vez que foram medicados com corticoides, substâncias proibidas pela Agência Mundial Antidoping (Wada).

Disputada na Bombonera, no último dia 11, a primeira final terminou empatada por 2 a 2. Assim, o vencedor do segundo duelo garante a taça automaticamente. Como não há critério do gol fora de casa, uma nova igualdade leva a decisão para a prorrogação. Se o empate persistir, o ganhador será definido nos pênaltis.

Fonte: ESPN


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